Vulgar ato, aquele! Tão genuíno, ausente de qualquer destino. Inapropriado como o andar de um felino Insinuando-se como a labareda , hipnotiza , chama ! Serpenteando ascendente Ruborizando o olhar, que arde, delirante. Assertivo como flecha, Rompe com a escravidão.
As pequenas flores de pétalas purpúreas, cuidadosamente arranjadas ao longo da raquis, abrem-se - s u c e s s i v a m e n t e - ao sinal da sua chegada. O vento dispersa suave perfume, buscando atrair a sua atenção. Os olhares se cruzam. Respiração acelerada. Nectários cheios, transbordam doçura às palavras. A face aquece. O corpo todo é tomado por uma vibração, um formigamento. Alegria. Sorrisos. Ascendem-se, nas anteras de uma flor, os grãos de pólen. Asas que batem rápidas no estômago. Abelhas se aproximam enquanto você se afasta devagar. Assim como a Tulasi, o seu amor me é negado... Contudo, não há problema algum em se apaixonar.
Vejo casais em todas as partes, Beijos, abraços, mãos entrelaçadas. Folhas caem em pares na minha frente E uma estrela anda fazendo companhia para a lua... ... todas as noites. Tudo para me lembrar que estou só... ... lembrar que o inverno está chegando... ... que eu preciso, justo de um PAR de meias... ... e quem sabe, mais um PAR de neurônios, para lembrar de fazer um decreto para proibir as pessoas de namorarem na rua. (julho 2007)