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Mostrando postagens de março, 2009

Outono

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O outono está chegando. Já sinto o ar mais leve e fresco, aquele barulhinho diferente que só o outono tem. É a segunda estação do ano que eu mais gosto. A primeira é a primavera, onde tudo é cores, tudo é fruto. Tudo tem o gostinho bom de estar esquentando. E o outono é o oposto disso. Quando todos já estão cheios do calor do verão, todos já voltaram para suas rotinas e não têm mais tempo para as belezas do sol forte, o outono chega. Devagarinho o ar vai ficando mais fresco, as noites se tornam gostosas, as folhas vão caindo..... É maravilhoso observar as mudanças na natureza com a mudança das estações. Agora tudo está se preparando para o frio que se aproxima. As transformações vão acontecendo exatamente no ritmo em que o frio vai chegando, como uma dança sincronizada. A natureza é perfeita e sábia.

Metade

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Metade (Oswaldo Montenegro) Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca porque metade de mim é o que eu grito mas a outra metade é silêncio . Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza que a mulher que amo seja pra sempre amada mesmo que d i s t a n t e porque metade de mim é partida mas a outra metade é saudade . Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos porque metade de mim é o que ouço mas a outra metade é o que calo . Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço e que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada porque metade de mim é o que penso mas a outra metade é um vulcão. Que o medo da solidão se afaste e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável que o espelho reflita em me

Bicho Solto

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Certa vez me disseram que eu era um 'bicho solto' . Na hora, sem pensar muito, ri. Depois a imagem de um cavalo solto no campo não me saía da cabeça. Era exatamente essa a descrição do 'bicho solto': um cavalo, livre. Sol, água, campo como únicos companheiros. Sem destino. Sem cela. Crinas ao vento. Cheiro de mato. Livre. Não precisou muito tempo para eu começar a viajar. Na ocasião em que foi dito, aquilo fazia sentido. Em partes . Esqueceram que todo animal é domesticável. Você primeiro oferece uma maçã, uma cenoura. Aquele bicho no começo arredio e desconfiado, que pegava o alimento e ia embora, começa a demorar mais, perto de você. Depois começa a pegar confiança, sabe que você não fará mal a ele. Até que você acaricia a sua crina, faz carinho entre os olhos. O cavalo deixa. Passa mais um tempo e ele começa a esperar aquele carinho, aquela maçã. Se torna rotina. Ele sabe que você vem. Ele sabe que é bom. Quando te vê, chega perto da cerca. Faz graça. Você acha bon