Vulgar ato, aquele! Tão genuíno, ausente de qualquer destino. Inapropriado como o andar de um felino Insinuando-se como a labareda , hipnotiza , chama ! Serpenteando ascendente Ruborizando o olhar, que arde, delirante. Assertivo como flecha, Rompe com a escravidão.
Degraus Assim como as flores murcham E a juventude cede à velhice, Também os degraus da Vida, A sabedoria e a virtude, a seu tempo, Florescem e não duram eternamente . A cada apelo da vida deve o coração Estar pronto a despedir-se e a começar de novo , Para, com coragem e sem lágrimas se Dar a outras novas ligações. Em todo O começo reside um encanto que nos Protege e ajuda a viver Serenos transpunhamos o espaço após espaço, Não nos prendendo a nenhum elo , a um lar; Sermos corrente ou parada não quer o espírito do mundo Mas de degrau em degrau elevar-nos e aumentar-nos . Apenas nos habituamos a um círculo de vida, Íntimos, ameaça-nos o torpor; Só aquele que está pronto a partir e parte Se furtará à paralisia dos hábitos. Talvez também a hora da morte Nos lance, jovens, para novos espaços, O apelo da Vida nunca tem fim ... Vamos, Coração, despede-te e cura-te! Hermann Hesse (1877-1962), Alemanha
As pequenas flores de pétalas purpúreas, cuidadosamente arranjadas ao longo da raquis, abrem-se - s u c e s s i v a m e n t e - ao sinal da sua chegada. O vento dispersa suave perfume, buscando atrair a sua atenção. Os olhares se cruzam. Respiração acelerada. Nectários cheios, transbordam doçura às palavras. A face aquece. O corpo todo é tomado por uma vibração, um formigamento. Alegria. Sorrisos. Ascendem-se, nas anteras de uma flor, os grãos de pólen. Asas que batem rápidas no estômago. Abelhas se aproximam enquanto você se afasta devagar. Assim como a Tulasi, o seu amor me é negado... Contudo, não há problema algum em se apaixonar.