Resiliência



     Nestas últimas semanas, final de Abril início de Maio, aconteceram diversas situações ruins que me fizeram pensar sobre as relações humanas. Sobre a maneira como nós, humanos, estamos nos tratando.
Sob diferentes aspectos fui afetada pelo egoísmo, prepotência, má educação, desamor, falta de comprometimento, e penso - "Como nos tratamos mal!"
Claro que todas essas situações acabaram gerando uma mágoa aqui, outra ali, mas lendo e meditando encontrei algumas maneiras de lidar com isso, sem que essas pequenas agruras diárias nos façam perder a fé na humanidade.

      Pessoas arrogantes, prepotentes ou/e mal educadas vão estar sempre presentes na nossa vida. Seja por um mal atendimento quando você procura por um serviço, um amigo que você achava que era amigo, ou mesmo dentro do ambiente de trabalho. Não há como escapar. A única maneira é a mudança de percepção. Temos que estar preparados para tudo, o fator surpresa é o que nos balança - e as vezes derruba. Para isso, encontrei consolo no blog Respire, mais precisamente na última postagem intitulada "Você é livre?", que diz:

"Ao aceitar e observar a dor, você se torna mais resistente. 
É na experiência do desconforto que você aprende a transformar o desagradável em neutro. Você fica mais tolerante à dor, seus limites vão aumentando, e já não mais sente necessidade de evitá-la à todo custo. Sendo assim, o que poderá feri-lo?" 


     Logo, isso me fez lembrar da R e s i l i ê n c i a. Resiliência é um termo físico, que de maneira bem simples, significa a capacidade que alguns materiais tem de acumular energia quando são submetidos a uma situação de estresse, sem que esses materiais se quebrem/rompam. A psicologia também usa esse termo cujo significado concorda com o conceito físico: 

"É a capacidade de um indivíduo de lidar com problemas, obstáculos, situações de estresse, sem entrar em colapso psicológico." 

     Sim, para vivermos bem nesse mundo precisamos trabalhar nossa resiliência. Temos que nos tornar mais fortes, e isso não quer dizer que temos que perder a doçura ou o amor pelas pessoas por causa disso. Não! A força nada tem haver com mágoa, rancor, fobia social, medo. Nós temos apenas que cuidar mais de nós mesmos e deixarmos de ser tão influenciados por esses fatores externos, os quais não temos o menor controle. Penso que temos que refletir profundamente em cima do acontecido, para encontrarmos no fundo da nossa alma o motivo real daquilo nos ter ferido tanto. 
Feriu meu ego? Foi contra um desejo meu? Eu estava apegado àquela situação/pessoa/ação? Quais são os porquês, as causas reais? 

      Vivemos num mundo egoico e somos conduzidos pelos nossos desejos, agimos de maneira egoísta, perseguindo anseios ilimitados de maneira, muitas vezes, fruitiva. Estamos acorrentados nesses desejos, e, por causa deles, sofremos - ou melhor, nos causamos sofrimento.
A busca pela paz interior certamente não é fácil, e cada um tem uma maneira diferente de encontrá-la. O mais importante é procurar por ela dentro de nós mesmos. As respostas para todas as perguntas e inquietações estão dentro de nós, basta aquietarmos a mente, nos permitir entrar dentro de nós, e escutar o sussurro da nossa consciência. 






Aos que estiverem interessados 
em entender o Guna-traya, 
que são os três modos da
 natureza material, 
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